domingo, 1 de março de 2015

da serie JJ

Canção ao vento!...
... a rima ficou pouca.
o grito, suspenso no ar.
os olhos lacrimejam,
não sei se é dor.
não quero pouco,
mas quase mendigo,
suplico,
e nisso a distancia cresce.
esforço,
mas acho que ainda não é o suficiente
para eu aprender:
tenho que gostar mais de mim! ...

à Jonathan Junio
evandro Nunes
06/02/14 as 02h16min da manhã...
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“... num ato de reflexão,
corto os laços,
brigo
e ,
as vezes, mato!
mas sua presença
me faz pender,
andar pra trás,
retroceder...
porque a gente deixa alguém entrar e bagunçar nossa vida? ...”

à Jonathan Junio

evandro Nunes
06/02/14 as 02h16min da manhã...

PENELOPE (QUASE) DISTRAIDA

... de tempo em tempo a vida vai ficando breve:
o que era frio, agora ferve;
a nova, ta cheia;
a bela, feia;
vazio, ocupado;
solteiro, casado;
semente, pó...
e a vida, breve, vai desatando o nó,
e de tempo em tempo eu...
Não precisa ligar,
agora já não mais vou te atender!

20/02/14
--- para Jonathan Junio
...
Evandro Nunes

... da série samba...

ME DÊ LICENÇA

É meia noite... Bora, vou sambar
De baixo do viaduto,
De frente pro Bordelo,
No aglomerado de gente
Na roda viva, que cresce e aperta, esquenta e esfria, como já disse Guimarães.
No canto pra abrir os caminhos,
Pra fechar os trabalhos,
Pra pedir licenças à dona da casa,
Pra colocar o balaio no chão,
Ou é de mulher.
O samba com a disputa,
Mas não tem luta,
O que tem?
A graça da Kele,
A Ginga da Rogeria,
O sorriso lindo de Valeria,
O sambar miudinho de Milene,
A maturidade de Cristina,
A beleza de Iara,
Tinha o rebolado da Erika.
Me lembrei de Benjamin, de Camilo, de Gabriel, do Wladson – o moço lindo-, que não é, mas ta sempre lá.
Na percussão, a beleza continua,
No degrade da pele,
Os braços fortes,
As mãos firmes,
Olhares atentos,
Masculinidade sempre presente,
Sob o comando do menestrel:
Malandro,
Meio índio, meio preto,
Astuto,
Dono da ginga,
Da rua,
Da roda.
Em mim as palavras fluem
Mas já deu meia noite -
me dê licença-,
vou pro Samba sambar.

À Jeferson Gomes e todas/os do Samba da Meia Noite,
Que me alegram sempre o coração.

Evandro Nunes
27/02/2015 as 00:00


E TODOS QUEREM SAMBAR

Debaixo do viaduto,
As vezes, no Caca,
Com Samba na Roda da Saia,
Com o que a Nega Quer.
Também com as Comadres,
Na garagem da Virgina Marques,
No lava a jato com Rodney,
No quintal da Divina Luz,
no Aconchego do Tambolelé
ou no Terreiro com Fabiano.
Tem vez que é de quadra,
Da imperatriz, de Venda Nova, da mais nova que é a Vila Estrela.
Mas quando entram os Bambas,
A rua treme, o piso racha, e quem não é de sambar, samba.
To falando de Mestre Conga, Dona Elisa, Lucia dos Santos, Mandruvá, Velha Guarda do Samba, Carlinhos de Oxossi com o Fala Tambor.
Também falo de Dona Jandira, Mestre Jonas, Nonato do Samba, Fabinho do Terreiro, Fernando Bento, Dudu Nicácio, da jovem Manu Dias, do encanto da encantadora Doris.
Falo e se esqueci alguém, perdoem-me porque hoje eu só quero sambar.

À todas/os que me fazem sambar nessa BH.

Evandro Nunes
01/03/2015









“ Hoje acordei com a nítida sensação que não sou mais importante para um outro,
e no decorrer do dia isso fica mais nítido.
Me perco no dia,
às horas caem sobre mim,
me desespero,
então, um outro outro,
de canto de voz,
grita:
-obrigado por acreditar em mim!...
É acho que nasci pra cuidar!


À Mayfron, Christofer, Davidison...

21/02/14
Pierrot que sou,
No meio da multidão busco seu rosto
E
Te encontro,
Columbina,
Com outro que não é Pierrot...
Mesmo sendo carnaval,
Levo a mal
E choro no meio do salão...


21/02/14
Evandro Nunes
(Balaio de Gato – Tomando na bonita com Leo Mendonza)